Você já deve ter escutado falar que a poluição plástica vem se tornando um problema sério para o meio ambiente, especialmente, para os oceanos.
Os microplásticos como tema de estudo é algo relativamente novo e ganhou impulso somente neste século, com mais força nos últimos anos. Notou-se um aumento significativo do interesse do público e da comunidade científica no problema dos microplásticos. A questão ambiental vem se tornando cada vez mais grave com uma crescente preocupação.
Que são microplásticos?
Imagina na quantidade de objetos plástico que são utilizados por nos diariamente: em casa, na escola e na rua. E pensar que alguns desses objetos são usados por alguns segundos e depois descartados no lixo. E é por causa disso que mais e mais plásticos precisam ser produzidos todos os dias.
Quando um pedaço de plástico chega ao mar, a água salgada e a luz do sol vão fragmentando-o lentamente, até transformarem em pequenas partículas. E são essas minúsculas partículas que recebem o nome de microplásticos, e as vezes sequer são visíveis a olho nu.
Ou seja, as partículas plásticas com tamanho inferior a 5 milímetros têm sido identificadas como uma grande ameaça à saúde humana, seja ela física ou mental. Além da descoberta da toxicidade potencial do poliestireno de partículas micro plásticas.
Há duas principais fontes de produção de microplásticos:
- Utilização de produtos manufaturados que têm partículas de plástico como cosméticos, esfoliantes, detergentes e protetores solares;
- A quebra de pedaços maiores de plástico através da radiação ultravioleta (UV), abrasão mecânica e degradação biológica no meio ambiente.
Sendo válido ressaltar que os dois processos são um forte ameaça para a segurança da humanidade e também do ecossistema de forma geral, além de contribuírem para a poluição.
Por que os microplásticos são um risco para o nosso oceano?
As partículas plásticas, quase sempre, flutuem na superfície do oceano. Isso realmente acontece com pedaços leves como os fragmentos de sacos e copos plásticos, contudo os mais pesados, como os que se originam de alguns brinquedos, afundam na água e pousam no fundo do mar. Desse modo, os plásticos ou os microplásticos podem estar em qualquer parte do oceano!
O maior problema dessas partículas é por ser frequentemente confundidas com alimento por alguns animais marinhos. Quanto mais reduzidos são os pedaços, maior a probabilidade de serem engolidos e entrarem na cadeia alimentar dos animais.
Os cientistas analisaram que comer microplásticos podem causar problemas graves de saúde nos animais marinhos. Porque às vezes essas partículas são muito afiadas e machucam o estômago ou todo o sistema digestivo.
Além disso, as partículas plásticas também podem agir como pequenas esponjas que absorvem substancias químicas, principalmente, quando viajam pelo oceano durante muito tempo. Se esses plásticos embebidos de substâncias químicas forem comidos por animais marinhos, poderão causar inúmeros problemas de saúde, como incapacidade de reprodução.
Microplástico: a ameaça invisível à saúde
Informações mais específicas sobre a toxicidade de microplásticos em humanos é escassa.
Entretanto, estudos feitos por alguma Universidade na Dinamarca sobre a quantidade de plástico ingerida diariamente por seres humanos, revelaram uma alarmante na quantidade de microplásticos por hora (acumulada em uma semana, é o equivalente a um cartão de crédito em plástico).
Atualmente, os médicos chineses comprovaram partículas de microplásticos no coração de pacientes em cirurgias cardíacas. Segundo os pesquisadores e médicos da Universidade de Beijing, nem todas as amostras de tecidos cardíacos apresentavam microplásticos, porém, nove tipos deste material foram encontrados em cinco tecidos diferentes.
Em vista disso, a revelação da presença de microplásticos em amostras humanas nos alerta sobre os riscos decorrentes destes contaminantes. Se bem que minúsculas, suas proporções nos organismos se mostram preocupantes acerca dos efeitos à saúde a longo prazo.
A emissão disseminada de plástico na natureza polui ecossistemas, comprometendo a vida selvagem e os recursos naturais dos quais dependemos. Além disso, a ingestão destas partículas na cadeia alimentar afeta nossa própria saúde de forma ainda não totalmente esclarecida.
Fonte: UNESP